Entenda melhor sobre
Esse mês temos duas datas importantes relacionadas à luta contra o câncer. E como ortopedista oncológico, preparei um conteúdo especial durante todo o mês, com pautas ligadas a tumores ósseos e prevenção. E para começar esse mês com muita informação, vamos falar um pouco sobre câncer ósseo, principais tipos e também os menos frequentes.
O câncer ósseo primário, isto é, que começa no osso, é um tipo raro de tumor, sendo mais frequente uma metástase que espalha para o tecido ósseo. Ele pode iniciar em qualquer osso do corpo, contudo, é mais comum em ossos longos, presentes nos braços e pernas.
Existem vários tipos de câncer ósseo, sendo que alguns acometem mais crianças e outros são mais observados na fase adulta. Além disso, é correto dizer que os tumores ósseos benignos (não cancerígenos) são mais comuns que os malignos. Por outro lado, ainda que os tumores benignos não se espalhem, eles podem crescer, destruir o tecido ósseo saudável, causar dor, inchaço, formigamento e até fraturas.
Agora vamos conhecer os principais tipos de câncer nos ossos?
- Osteossarcoma: é o tipo mais frequente e costuma afetar crianças e jovens entre 10 e 25 anos; · Condrossarcoma: atinge a cartilagem (pelve, joelhos e ombros) e afeta mais adultos acima de 50 anos;
- Tumor de Edwing: ocorre geralmente no fêmur e bacia, em jovens e crianças entre 10 e 25 anos.
Já sobre os tipos mais raros de câncer ósseo, podemos destacar o fibrossarcoma (mais comum no joelho e quadril), o adamantinoma (mais frequente na tíbia de adultos) e o cordoma, que acomete mais a parte inferior da coluna (sacro e cóccix).
E os fatores de risco?
A verdade é que a origem de um câncer ósseo não é 100% estabelecida, mas existem alguns fatores que podem predispor o paciente a desenvolver a doença, tais como: faixa etária (mais comum em crianças e jovens), hereditariedade e adultos portadores da Doença de Paget (doença metabólica do osso).
Quanto aos sintomas, entende-se que a dor é a principal queixa, e pode ser causada pela propagação do tumor ou por uma fratura de um osso enfraquecido. Ainda assim, o indivíduo pode relatar rigidez e inchaço local. Embora menos comum, pode ocorrer febre e fadiga. Por fim, preciso ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental na resposta ao tratamento. Faça sempre check-ups e, ao sentir dor ou desconforto, procure um especialista.
Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705
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