Quando a palavra “cirurgia” aparece junto com “coluna”, muita gente já imagina um procedimento complexo, com longa recuperação. Mas a medicina evoluiu, e no caso do tratamento para escoliose, essa evolução também chegou. A possibilidade de tratar essa condição com técnicas menos invasivas existe sim, mas não é para todos os casos.
Entender quando ela se aplica é o primeiro passo para fazer escolhas mais seguras.
A escoliose é uma curvatura anormal da coluna, que pode surgir na adolescência (escoliose idiopática) ou estar associada a outras condições, como doenças neuromusculares ou degenerativas. Em muitos casos, o tratamento é conservador, com fisioterapia, exercícios específicos e, quando necessário, o uso de colete. Mas há situações em que a cirurgia é o caminho mais indicado — especialmente quando a curva progride e passa a comprometer a qualidade de vida.
A indicação cirúrgica geralmente ocorre quando a curvatura ultrapassa 40 a 50 graus, causa dor persistente, afeta a função pulmonar ou leva a uma deformidade visível que impacta o bem-estar do paciente. Em adultos, a cirurgia também pode ser necessária em casos de escoliose degenerativa com instabilidade vertebral, compressão de nervos ou perda de estabilidade da coluna.
Para alguns desses casos, a cirurgia minimamente invasiva pode ser uma alternativa. Ao invés de grandes incisões, são utilizados cortes menores e técnicas como a artrodese com acesso lateral ou posterior assistida por vídeo. O principal benefício é a recuperação mais rápida, com menor sangramento, menor dor no pós-operatório e risco reduzido de infecção. Porém, essa abordagem exige uma avaliação criteriosa e experiência do cirurgião, já que nem toda curvatura pode ser corrigida por essa via.
Importante ressaltar que não existe um único tratamento ideal para todos. Cada caso precisa ser analisado com cuidado, levando em conta a idade, o tipo e o grau da escoliose, os sintomas e os objetivos do paciente. A boa notícia é que hoje há mais opções do que nunca e a decisão pode (e deve) ser feita com informação e segurança.
Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705
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