Conhecido também como sarcoma osteogênico, o osteossarcoma é um tumor ósseo maligno primário. É mais comum em crianças e adolescentes, principalmente entre a segunda e terceira décadas de vida. Os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer se apresenta são os ossos longos, próximo às áreas onde o osso mais cresce: fêmur distal, área do joelho (tíbia proximal) e o ombro (úmero proximal).

Na semana passada escrevi sobre o que é o osteossarcoma e seus principais sintomas e hoje quero falar sobre o diagnóstico e o tratamento desse tipo de câncer.

Sobre o diagnóstico

Por muitas vezes ser confundido com outras situações comuns na infância, como a dor de crescimento e traumas, é comum os pacientes, ao chegarem na consulta pela primeira vez, já apresentarem o tumor em estágio avançado. Isso pode dificultar o tratamento.

Para o diagnóstico, além da anamnese, do histórico do paciente e do exame físico, são solicitados exames de imagem. O principal exame é a radiografia do osso, mas também pode ser necessária a ressonância magnética para confirmação e avaliação da extensão do tumor dentro da medula óssea e dos tecidos que estão ao redor do osso acometido.

Para checar se existem metástases, pode ser também indicada a tomografia do tórax e a cintilografia óssea.

O diagnóstico precoce é sempre muito importante para a escolha do tratamento mais adequado e para o prognóstico.

E o tratamento do osteossarcoma? Quais as possibilidades?

A escolha do tratamento vai depender do estágio da doença, do estado de saúde geral e outros fatores. O paciente é acompanhado por uma equipe multidisciplinar formada por especialistas como: cirurgião ortopédico, oncologista pediátrico, oncologista, enfermeiros, fisioterapeutas, radiologistas, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos.

O principal tratamento é a cirurgia oncológica ortopédica, para que seja feita a ressecção do tumor, em conjunto com a quimioterapia como adjuvante. Por conta da evolução das técnicas de cirurgia e do refinamento dos exames, que agora permitem um tratamento mais específico, a necessidade de amputação hoje é muito menor do que há 20 anos.

Fármacos antineoplásicos são utilizados após a cirurgia, por vários meses, para eliminar qualquer metástase de célula cancerosa que possa estar em outras partes do corpo. Mais uma vez, quero reforçar: o diagnóstico precoce aumenta as chances sucesso no tratamento. Esteja atento e, ao sentir dor e inchaço, procure um especialista.

 


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705