Dúvidas mais comuns sobre escoliose

De causa indefinida (idiopática), neuromuscular e congênita (nascença), a escoliose é um curvatura anormal da coluna vertebral.

Ainda que ela raramente cause dor, na maioria dos casos o tratamento é conservador, isto é, reeducação postural e uso de coletes. Apenas quando o paciente não responde ao mesmo, que a cirurgia é indicada.

Bom, mas vamos às principais dúvidas que recebo sobre essa patologia.

1. Existem fatores de risco?

Ainda que as causas sejam multifatoriais, pode-se dizer que sim. Uma má postura ao sentar, levantar ou carregar peso, sedentarismo, sobrecarga da coluna com excesso de peso de objetos e até o uso excessivo de salto podem, além de tudo, agravar o quadro.

2. Em que idade ela costuma se manifestar?

Embora possa surgir na fase adulta, a escoliose costuma ser diagnosticada com mais prevalência na adolescência, na fase de crescimento, ou seja, é mais frequente em crianças e jovens.

3. Como é feito o diagnóstico?

Inicialmente é clínico, de modo que o médico pede para o paciente inclinar o corpo para frente, similar ao movimento realizado quando queremos tocar os pés com as pernas esticadas. Na patologia, um dos lados do tórax ou região lombar sobressai, ou seja, aparece mais alto, fora do nível.  Outros pontos que podem ser observados é a assimetria dos ombros, bem como a distância do braço para o corpo. Com a confirmação do exame clínico, realiza-se um exame radiológico, a fim de identificar o grau do desvio.

4. Existe tratamento?

Como já dito acima, sim, existe. Em graus mais leves a indicação é fisioterapia e uso de coletes ortopédicos, além, é claro, de uma reeducação dos hábitos que podem agravar o quadro.

5. Quando a cirurgia é indicada?

Nos casos em que o paciente não respondeu aos tratamentos convencionais e, em graus de desvio acima de 40, sobretudo em indivíduos adolescentes que estão em processo de formação óssea e tendem a ter uma evolução no desvio. Vale ressaltar que mesmo na conduta cirúrgica, dispomos de técnicas miniopen, ou seja, minimamente invasivas que proporcionam mais segurança, entre outros benefícios.