Escoliose é o nome dado à curvatura anormal da coluna que acontece por conta de deformações morfológicas e tridimensionais das vértebras. É comum ser identificada na infância e na adolescência, e uma dúvida comum de muitos pais é: o exercício pode ajudar a corrigir esse desvio?

Antes de responder a essa pergunta, é importante deixar claro que existem diferentes tipos e graus de escoliose. Algumas chegam a ser uma condição bastante agressiva, deformante e incapacitante, levando à dor nas costas e ao comprometimento cardiopulmonar. Esses casos devem ser avaliados e acompanhados pelo ortopedista para orientação quanto ao tratamento.

No entanto, a maioria dos casos identificados são de escolioses consideradas leves, às vezes originadas de maus hábitos posturais. Muitos desses casos são sim bastante beneficiados pelos exercícios, e existem modalidades específicas aplicadas por fisioterapeutas especializados que contribuem para a melhora do padrão estético e postural e a redução da dor, com consequente ampliação na qualidade de vida do paciente.

Um programa de exercícios específicos para escoliose costuma considerar algumas etapas com objetivos específicos tais como:

  • Promover a reeducação muscular;
  • Readequar a propriocepção muscular estática e dinâmica;
  • Tornar mais móveis e flexíveis os segmentos da coluna;
  • Alongar músculos encurtados a partir de mobilização passiva;
  • Promover a reeducação postural;
  • Reequilibrar as curvas da coluna;
  • Fortalecer o abdômen e melhorar a capacidade respiratória a partir de exercícios respiratórios;
  • Realizer exercícios para aumentar a resistência física.

É importante ressaltar que devemos levar em consideração a individualidade de cada caso. Não existe um tipo de exercício específico que seja resolutivo para todos os casos. Cada coluna deve ser avaliada individualmente e o exercício deve corresponder às necessidades do paciente, levando em conta as alterações posturais apresentadas por ele.

Sintomas como dores nas costas, complicações respiratórias (falta de ar), menarcas precoces ou tardias, giba e deformidades, devem ser avaliados com cuidado, e o ideal é que o paciente seja acompanhado por uma equipe de reabilitação. Procure sempre indicações e referências de profissionais especializados.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705