As fraturas na coluna vertebral são bastante comuns. Ocorrem quando os ossos da coluna se fragmentam e por diversas causas. As fraturas provocam altos custos no sistema de saúde e causam uma mudança significativa na qualidade de vida do paciente. Neste artigo você vai entender o que são as fraturas vertebrais, como ocorrem e como podem ser diagnosticadas.

Talvez você tenha pensado que a maioria das fraturas na coluna ocorrem por acidentes e grandes impactos, como em batidas de automóveis ou esportes de risco. Mas quero te contar que a grande maioria das fraturas vertebrais acontecem com mínimo ou nenhum trauma. Por esse motivo, e porque muitas fraturas estão associadas à dor na coluna atribuída a outras causas, o diagnóstico e o levantamento do número de casos ficam mais difíceis.

Quando o paciente está com sintomas agudos, naturalmente os exames de imagens são usados e auxiliam no diagnóstico. No entanto, quando a fratura não provoca nenhum sintoma, a identificação e, consequentemente, a correta abordagem no tratamento ficam comprometidos porque as fraturas passam despercebidas. Isso pode ser um risco, pois as fraturas por fragilidade podem ocorrer em mais de um local e ao longo do tempo comprometer a função e a qualidade de vida.

É o que acontece nas fraturas de “baixa energia”, ou seja, aquelas que ocorrem por trauma mínimo ou quedas de uma altura que não causariam fraturas em indivíduos saudáveis. São mais propensas em pessoas com baixa densidade mineral óssea. Nesses casos, quando há uma fratura em alguma vértebra existe também a chance de novas fraturas osteoporóticas em outras localizações, incluindo quadril e novas fraturas vertebrais.

Nas mulheres precisamos considerar também o seu ciclo estrogênico e a menopausa. Em ambos os gêneros, contudo, podemos avaliar a presença de doenças secundárias ou de perda de altura maior que 4 cm, além de conhecer o metabolismo mineral, a fim de poder abordar e interpretar suas alterações, presença de fraturas prévias ou atuais por fragilidade, bem como retardo de consolidação de fraturas anteriores.

Para o diagnóstico, é necessário avaliar pelo menos uma radiografia de perfil que possibilita avaliar a forma e o tipo de deformação do corpo da vértebra e classificar o tipo de fratura vertebral. Outros exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea, fornecem informações complementares que auxiliam no diagnóstico.

No próximo artigo falaremos sobre quais as abordagens mais utilizadas no tratamento das fraturas vertebrais.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705