O estadiamento do câncer é um processo adotado para avaliar o grau de disseminação de um câncer, determinar sua localização e extensão e, dessa forma, identificar como a doença avança no organismo do paciente. Vamos entender melhor como funciona?

Estadiar é coletar informações a partir de regras internacionalmente estabelecidas, e vários sistemas têm sido usados para isso. Essas informações ajudam na determinação do prognóstico e na elaboração das melhores opções de tratamento para cada caso. É aí que está a grande importância do estadiamento: planejar o tratamento.

Por exemplo, um câncer em estágio inicial pode ser tratado a partir de cirurgia ou radioterapia; um tumor em fase mais avançada pode necessitar da quimioterapia. Quando o tratamento escolhido está adequado, tem-se melhor prognóstico da doença.

Para determinar a extensão do câncer no organismo, primeiro observa-se o tumor primário: onde está localizado, que tamanho tem, se cresceu em locais próximos ou ao redor da lesão. Também é avaliado se existem outros tumores nas proximidades.

Como muitos tipos de câncer se disseminam para os linfonodos próximos antes de atingir outras partes do corpo, eles também são estudados. Além disso, a presença de metástases, quando o câncer se espalhou para outras áreas do corpo, também deve ser investigada.

Outros fatores que podem ser observados por biópsia, em alguns tumores, são o tipo celular e o quão anormais as células cancerígenas são. O resultado de alguns exames de sangue também pode somar nesta investigação.

Ou seja, diferentes variáveis são usadas para classificar as neoplasias em grupos: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases a distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do paciente, etc.

Os diversos sistemas de estadiamento têm por base uma ou mais das variáveis mencionadas. No próximo artigo vamos falar sobre os tipos e alguns sistemas de estadiamento. Continue me acompanhando.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705