Basta uma breve busca em meu blog para encontrar meu post sobre a utilização de biomodelos na cirurgia ortopédica. Contudo, hoje, em homenagem ao Dezembro Laranja, meu foco será explicar como essa técnica pode ser benéfica na cirurgia de câncer ósseo.
Para começar, vamos rever uma breve explicação do que é o biomodelo? Feito a partir de um exame de imagem, o biomodelo é a impressão 3D fiel de um órgão e/ou estrutura acometida.
“Mas só os exames de imagens não fornecem a informação necessária ao cirurgião?”
Nem sempre, uma vez que eles são em 2D e muitas estruturas são pequenas e difíceis de serem visualizadas com precisão por tais tecnologias. Em contrapartida, os biomodelos são extremamente acurados (precisão milimétrica), conseguindo reproduzir com fidelidade e segurança a estrutura anatômica de interesse.
E diante dessas constatações, dá para imaginar como tal precisão é vital em cirurgias mais complexas, como as de tumor ósseo. Além disso, podemos destacar outros benefícios, como:
Diagnóstico: com uma visão 3D do órgão, o cirurgião ortopédico conseguirá ver como e onde a doença está manifestada na estrutura em questão e, assim, ter uma avaliação mais apurada do real estado do paciente.
Segurança: se não são todos capazes de ler um exame de imagem, imagina fazer com que o paciente entenda. Assim, o paciente consegue entender melhor por meio de um protótipo em 3D.
Planejamento: os biomodelos permitem um planejamento cirúrgico. Dessa forma, o cirurgião estará mais apto de antever possíveis complicações cirúrgicas, ter uma avaliação mais cautelosa do problema e assim avaliar a melhor conduta.
