A escoliose é uma patologia que surge por conta de um desalinhamento das vértebras que altera as curvas naturais da coluna. Já falei sobre ela em outros artigos aqui no blog, mas hoje quero responder uma pergunta comum que surge quando alguém recebe o diagnóstico de escoliose: tem como corrigir a curva?
É possível identificar a escoliose a partir de alguns sinais físicos. Com a curvatura anormal da coluna, um ombro pode parecer mais baixo que o outro, a cintura parece desigual, um lado mais marcado que a outro, os quadris também parecem assimétricos, uma perna pode parecer menor que a outra e a caixa torácica pode parecer mais alta de um lado. Na maioria dos casos, os sintomas de dor são ausentes ou discretos. Algumas pessoas podem se queixar de sensação de fadiga nas costas.
Quando falamos em correção da curva, um ponto para levarmos em consideração é que a deformidade da escoliose pode ter diversas origens e graus. Isso significa que, de acordo com a causa e com o formato das vértebras, ela se comporta e evolui de maneira diferente. Uma escoliose não é igual à outra e, por isso, o tratamento também varia.
Não existe um medicamento para tratar a escoliose. Em graus mais leves, é possível melhorar o aspecto e até mesmo interromper a progressão da curva a partir de medidas de fisioterapia especializadas para a patologia. É muito importante também que o paciente esteja atento a alguns hábitos posturais, pois eles podem ser um vilão e aumentar o desvio.
Existe também a possibilidade da indicação cirúrgica em casos em que o paciente não respondeu bem ao tratamento conservador e tem graus de desvio acima de 40° a 45°. Principalmente se esses pacientes são adolescentes, em processo de formação óssea, com uma grande tendência de evolução do desvio. Quando a indicação é cirúrgica, opta-se por técnicas minimamente invasivas, que se mostram mais seguras e com menos danos aos tecidos.
Em resumo, a correção da curva da escoliose depende de uma série de fatores e existem medidas terapêuticas e cirúrgicas que podem impedir o agravamento da curva, melhorando não só a estética, mas também a função e a qualidade de vida de pacientes com desvios mais graves.
Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705
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