Por sua gravidade, o câncer ainda é uma doença muito temida e o desconhecimento contribui para que esse fantasma se torne ainda maior. Neste artigo, meu objetivo é compartilhar com você informações sobre os principais tipos de dor que podem estar associados ao câncer. Isso vai te ajudar a entender melhor a sua condição clínica, caso tenha recebido o diagnóstico de câncer, ou compreender o que acontece com alguém querido que passa por essa situação.
O tipo de dor mais comum no paciente oncológico é a dor provocada pelo próprio tumor, mas outras situações também podem impactar e gerar dor e desconforto. É preciso diferenciar cada uma delas para que uma abordagem adequada possa ser aplicada em busca da analgesia.
Vamos começar pela dor oncológica. Já falei dela no meu Instagram (@jc.barbi). É aquela que ocorre quando o tumor em crescimento comprime nervos, ossos e outros órgãos do corpo. Deve ser avaliada e tratada com medidas específicas para trazer maior conforto e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Alguns tumores, pelo seu tamanho e localização, invadem a coluna vertebral e podem comprimir a medula espinhal, levando a sinais característicos. O sinal mais comum é a dormência e/ou fraqueza nos braços ou pernas. Quando tossir, espirrar e alguns movimentos específicos aumentam a intensidade da dor, a compressão deve ser tratada rapidamente para não afetar o movimento dos membros e a função da bexiga ou intestino. O tratamento precoce pode evitar complicações mais graves.
Existe também a dor óssea que pode surgir quando o câncer está localizado em outra região e se dissemina para os ossos ou como efeito colateral dos medicamentos usados no tratamento do câncer. Para tratar esse tipo de dor, é preciso controlar o tumor e evitar que ele continue a se disseminar para os ossos. Para tratar o osso afetado, pode estar indicada a radioterapia para a analgesia. Medicamentos analgésicos podem ser recomendados para ajudar no alívio do sintoma.
Alguns efeitos colaterais provocados pela quimioterapia ou radioterapia podem gerar dor, que deve ser bem gerenciada para que o tratamento não seja suspenso. Além disso, alguns exames necessários para confirmação diagnóstica e avaliação da resposta do tumor ao tratamento podem ser dolorosos e desconfortáveis.
Bom, esses são alguns dos tipos comuns de dor que surgem associados ao câncer. É preciso paciência e acolhimento no manejo dessas situações, tanto por parte da equipe médica quanto da família. Procure sempre profissionais especializados e preparados para atender às suas necessidades e as de quem você ama.
Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705
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