Já ouviu falar?

No meu primeiro post do blog, falei rapidamente sobre os inovadores métodos minimamente invasivos. Depois de introduzir esse tema, vamos conhecer um pouco sobre uma dessas técnicas, a vertebroplastia percutânea.

Método no qual é injetado um cimento cirúrgico (material desenvolvido para ser utilizado em osso) na coluna vertebral, a vertebroplastia percutânea é um procedimento normalmente indicado para pacientes que sofrem com um quadro de dor desencadeado por uma fratura de compressão vertebral.

Isso acontece quando uma vértebra da sua coluna entra em colapso, que pode ser causado por uma queda ou enfraquecimento da mesma (osteoporose). O cimento injetado é como uma espécie de molde interno, capaz de proporcionar alívio da dor, além de estabilizar a área lesionada.

 

Como é feita?

Realizada em um hospital ou ambulatório, o paciente é posicionado de barriga para baixo, para que seja aplicada uma anestesia local e sedação leve – de modo que o paciente fique consciente, porém sonolento, e sem dores. Uma vez anestesiado, a agulha é introduzida passando por todo caminho previamente anestesiado, até ser colocada dentro da vértebra alvo.

Todo o procedimento é feito com um aparelho de raio-x, o que permite ver em tempo real o correto posicionamento da agulha. O cimento ósseo ortopédico injetado no osso é misturado com um antibiótico, reduzindo assim o risco de infecções, além de um pó de barium ou tantalum, que possibilita a visualização nos raios-x. Em poucos minutos esse metal seca e deixa o osso mais firme.

 

Qual é a indicação?

Como dito mais acima, a vertebroplastia é indicada para indivíduos que sofreram uma fratura em decorrência da compressão óssea. Esse quadro é comum em pessoas com osteoporose e neoplasias da coluna, contudo, pode ser indicada para quem sofreu um trauma agudo. Em outras palavras, essa técnica é indicada aos pacientes que estão com um quadro de dor grave e incapacitante, que não melhoram em repouso ou com uma abordagem mais conservadora.

 

Existe contraindicação?

Sim. Apesar de ser uma conduta mais segura, em alguns pacientes ela não é indicada, tais como:

  • Gestação;
  • Vértebra plana;
  • Distúrbio da coagulação sanguínea;
  • Osteomielite;
  • Tumores osteoblásticos.

Quais as vantagens diante dos métodos convencionais (cirurgia aberta)?

  • Menor tempo de cirurgia;
  • Menor corte e, portanto, menos sangramento;
  • Risco reduzido de infecções e complicações;
  • Menor tempo de recuperação e internação;
  • Retorno mais rápido às atividades do dia a dia.