Dando continuidade ao meu desejo de trazer informação acessível sobre os tumores ósseos, neste artigo vamos falar sobre um tumor que pode ser confundido com outras doenças e lesões da infância, o Sarcoma de Ewing.

O tumor de Ewing é do tipo maligno e na maioria das vezes acontece principalmente em ossos longos em crianças, adolescentes e adultos jovens. A faixa dos 10 aos 15 anos é a de maior incidência e os meninos são levemente mais acometidos do que as meninas.

Existem alguns casos em que esses tumores começam em partes moles em volta dos ossos e são chamados Sarcoma de Ewing extraósseo. Eles exigem abordagem diferenciada e ocorrem principalmente no tronco, extremidades, cabeça e pescoço, retroperitônio, etc.

Geralmente o primeiro sintoma do Sarcoma de Ewing é a dor. A criança ou o adolescente começa a reclamar de dor em um local específico. Não há uma causa aparente, a dor pode ser intermitente, às vezes acontece durante a noite e piora com o tempo. Muitas vezes, acredita-se que este sintoma seja provocado pelo crescimento ou por conta de atividades esportivas e recreativas que a criança ou o jovem tenha feito. Mas nesse caso, a dor surge pela disseminação do tumor para a camada externa do osso ou por fratura, quando o osso já está enfraquecido.

Outro sintoma é a formação de nódulos ou inchaços. Isso acontece porque a maioria dos tumores de Ewing forma uma massa ou provoca um edema no local. Esses nódulos são percebidos principalmente quando estão localizados nos braços ou nas pernas. Já quando estão em outros locais, como a parede torácica ou a pelve, só são perceptíveis se tiverem crescido muito.

Febre, sensação de cansaço e perda de peso sem motivo são outros sintomas que podem ser provocados pela presença do Sarcoma de Ewing.

Como você pode perceber, os sinais e sintomas deste tumor são também comuns em outras doenças e traumas, o que faz com que nem sempre ele seja identificado. Por isso, é muito importante procurar um médico para avaliar a causa e buscar pelo diagnóstico correto. Quanto antes iniciarmos o tratamento, melhor é o prognóstico e recuperação do paciente.

Esteja atento e atenta às queixas do seu filho. Especialmente quando os sintomas persistirem, procure um médico.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705