Tumores primários na coluna são aqueles que têm origem na própria vértebra. São lesões raras e o diagnóstico precoce desse tipo de tumor é, na maioria das vezes, difícil. Isso porque dor, limitação funcional e deformidades são queixas comuns em muitas afecções da coluna, o que pode confundir e levar ao diagnóstico tardio. Já os tumores secundários, ou seja, decorrentes de metástases de tumores que se iniciaram em outros locais do corpo e se instalam na coluna, são mais comuns. Quando isso acontece entende-se que houve uma progressão da doença.

Os sintomas variam caso a caso e, dependendo da localização e do tamanho do tumor, alguns pacientes não apresentam queixas. A dor, em especial noturna e podendo ser intensa, não deve ser negligenciada. Além da dor persistente na coluna, pode haver também irradiação para os braços e pernas, perda de peso. Em fase mais avançada, nos casos de retardo no diagnóstico, pode ocorrer a presença de disfunção neurológica.

Uma avaliação médica especializada deve ser realizada o quanto antes. O diagnóstico é feito a partir de exame clínico minucioso e exames de imagens tais como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea. Quando necessário, a confirmação poderá ser feita a partir da biópsia.

Apesar dos tumores benignos produtores de osso na coluna serem incomuns, podem causar dor ou deformidade na coluna, com maior frequência em jovens do sexo masculino. O osteoblastoma e o osteoma osteoide são exemplos de tumores primários benignos. A apresentação clínica do osteoblastoma é mais agressiva, com a possibilidade de déficit neurológico ao exame inicial.

O tratamento definitivo é cirúrgico, mediante ressecção completa do tumor. Quando a ressecção completa do osteoblastoma não for possível, outras formas de tratamento podem ser consideradas.

A melhor forma de tratar um tumor, seja ela primário ou decorrente de metástase, é a partir do diagnóstico precoce. Por isso, mantenha seus exames em dia e, na presença de sintomas na sua coluna, busque um especialista.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705