Em 31 de maio temos o Dia Mundial do Combate ao Fumo e quero lhe fazer uma pergunta: você sabia que os males que o cigarro provoca vão além do impacto no pulmão e coração e que o sistema esquelético também é afetado?

Na composição do cigarro existem muitas substâncias químicas que, quando entram no organismo, migram para a corrente sanguínea e se espalham pelos órgãos. Os mais afetados são pulmões e coração, mas o sistema nervoso central, os rins e também os ossos estão sujeitos aos efeitos da fumaça.

Fumantes adoecem mais, envelhecem mais rapidamente, têm menor resistência física, menos fôlego, pior desempenho no esporte e sexual do que não fumantes. Uma consequência importante que quero abordar nesse artigo é a osteoporose.

O que acontece é que a reparação óssea depende da migração, proliferação e diferenciação de células osteogênicas em osteoblásticas e esse processo pode ser alterado por hábitos de vida de alguns pacientes, como o tabagismo.

A nicotina atua reduzindo o nível mineral na matriz óssea, retardando o processo de reparo. Ela altera a histologia normal do tecido ósseo porque inibe as células osteoblásticas, que são aquelas responsáveis pela aposição óssea e, consequentemente, diminui a densidade do osso predispondo-o a ser facilmente fraturado.

É preciso estar atento, pois, além da dor, um dos primeiros sintomas da perda de massa óssea é o amolecimento dos dentes. Mulheres devem estar ainda mais atentas, pois a menopausa pode acentuar esse processo e atua como mais um fator de risco à osteoporose.

O fumo, o excesso de café, o sedentarismo, a falta de exposição ao sol são fatores que contribuem para o aparecimento da osteoporose. E fica um lembrete: cuidar da saúde hoje é prevenir muitos problemas e complicações no futuro.


Dr. José Carlos Barbi – CRM 32705